Curso de Preparação à Adoção começa hoje em Campo Grande
Mais uma edição do Curso de Preparação à Adoção (CPA) será realizada hoje e amanhã em Campo Grande, das 19 às 22 horas, no plenário do Tribunal do Júri do Fórum da Capital.
O curso é oferecido pela Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Campo Grande (VIJI) e ministrado pela juíza Katy Braun do Prado, com a participação dos profissionais do Núcleo de Adoção, responsáveis pela organização do curso e orientação para habilitação dos pretendentes.
O CPA é destinado a interessados em conhecer a adoção e aberto à comunidade e visa aumentar o número de pessoas interessadas nesse projeto, reduzindo o número de crianças e adolescentes em instituições de acolhimento. A participação nos encontros é requisito obrigatório para o projeto de futura adoção.
Na programação destes dois dias de trabalho haverá apresentação de vídeos, relato de experiências e dinâmicas para os participantes. Os interessados em participar do curso podem se inscrever no Fórum da Capital e mais informações podem ser obtidas pelos telefones 3317-3429, 3317-3633 e 3317-3548.
Novidade - Coincidentemente, esta edição do CPA é realizado no dia seguinte à aprovação, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de uma proposta que permite a inclusão de pretendentes domiciliados no exterior no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), aumentando a possibilidade de adoção internacional.
A mudança permitirá a juízes da infância de todos os municípios brasileiros o acesso aos dados dos estrangeiros habilitados para adoção, de forma a atender o disposto no art. 50, § 6º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Em entrevista a uma TV da capital, Katy Braun explicou que os juízes esperam que as crianças tenham mais chances de serem adotadas porque, ao se fazer a pesquisa no CNA e não se encontrar pretendentes nacionais, automaticamente se buscará o pretendente estrangeiro e isso pode agilizar o encaminhamento de uma criança para uma família.
Em Mato Grosso do Sul temos 145 crianças para adoção e elas não são aceitas pelos pretendentes brasileiros porque têm mais de sete anos ou fazem parte de um grupo de irmãos, aos quais se dá preferência para serem adotados em conjunto, explicou.
Sobre a decisão do CNJ, a juíza apontou que os estrangeiros se mostram menos preconceituosos com diferenças étnicas, costumam aceitar grupos de irmãos - diferente do brasileiro que prefere entrar na fila de adoção várias vezes até formar sua família.
Os estrangeiros aceitam de uma só vez o grupo de irmãos, se pretendem ter dois ou mais filhos. Eles são mais flexíveis em relação à idade das crianças também. Como são países que já têm uma cultura de adoção mais desenvolvida, já conhecem muitos casos bem sucedidos de adoção de crianças maiores e até de adolescentes, por isso vêm com menos idealização e um desejo de receber crianças maiores, complementou.
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